quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Complicou para o candidato a governador Paulo Bauer

A campanha do tucano Paulo Bauer para o governo do Estado colou em Aécio Neves. É essa a estratégia que foi montada. Tanto que as propagandas colocam o presidenciável abrindo o slogan de mudança. Nesse início de maratona eleitoral a meta foi de trazer para o Estado a disputa pelo Planalto na tentativa de fragilizar o adversário Raimundo Colombo com seu apoio de gratidão a Dilma Rousseff, apostando na ascensão de Aécio em território catarinense, como sempre aconteceu com candidatos do PSDB em disputa presidencial. Mas a entrada de Marina Silva como protagonista e não mais vice mexeu com o quadro de candidatos colocando Aécio na terceira posição como mostrou a pesquisa Mapa encomendada pelo Grupo RIC. Marina lidera as intenções de voto tirando o primeiro lugar, até aqui, de Dilma Roussef. Esse panorama pode até estar inserido ainda no sentimento de comoção da perda de Eduardo Campos, mas se adapta muito mais a proposta de mudança que a população alertou aos políticos em movimentos populares em junho do ano passado. Marina na época era a segunda mais citada como política sintonizada com as ruas. O primeiro era o então ministro do STF, Joaquim Barbosa. Hoje as pesquisas colocam em disputa direta Marina e Dilma tirando de Aécio a condição de principal adversário. Mas a tradição eleitoral revela que dificilmente num enfrentamento direto teremos duas candidaturas da mesma origem, ou seja, Marina e Dilma. Pode até acontecer, por conta de outras interferências, mas a tendência é ter um representante da oposição, e este é Aécio Neves, que terá que rever suas estratégias. Mas há os que afirmam com convicção que não existe mais tradição, ou seja, está tudo embolado. E que Marina é muito mais oposição que Aécio.

Paulo Alceu