sábado, 29 de junho de 2013

JUSTIÇA MANDA POVO DESOCUPAR ÁREA INVADIDA NO PEREQUÊ




Pelo menos 32 famílias, com 65 pequerruchos, vivem em barracos improvisados

nivel1_MU8PY9YYUma grande área verde tá dando a maior confução no Perequê, em Por­to Belo. Pelo menos sete famílias, das 32 que ocuparam o local e construíram barracos, têm até domingo pra pegar suas trouxas e caírem fora. Essa foi a decisão que a juíza Viviana Ga­zaniga Maia caneteou numa ação de reintegração de posse. Os moradores metem a boca no prefeito que, segun­do eles, prometeu ajudar. O advogado que trablalha pro povo aguarda a cassação da liminar.
Maria das Dores, 27 anos, mãe de três filhos e grávida de dois meses, tá desesperada, sem saber onde vai mo­rar caso tenha que desmanchar o bar­raco onde mora com o marido, que é pedreiro. “Na época da campanha, o prefeito Evaldo Guerreiro veio aqui e prometeu mundos e fundos. Agora, ele diz que é pra cada um procurar o que é seu”, bufa. Ela é uma das pes­soas que ocuparam a área próxima à rua David Cota. Segundo Maria, se ela e os vizinhos saírem dali, eles vão “na frente da casa do prefeito e ele vai ter que ceder até banho”, garante.
O segurança Roger Borges D’Ávila, 32, tá de cabelo em pé por ter rece­bido a ordem da juíza pra simandar dali. Ele divide um barraco de madei­ra com a mulher, o enteado e seis fi­lhos. Segundo ele, existem 32 famílias vivendo no terrenão, com pelo menos 65 pequerruchos. “O prazo de saída termina domingo. E agora, pra aonde vai toda essa gente?”, questiona.Advogado 
O advogado Murilo Hennemann Silva tá lutando pela causa do povo e disse que já entrou com um pedincho de revogação da liminar caneteada pela dotora Viviana lá no tribunal de justiça em Floripa. Ele tá confiante que os desembargadores revertam a situação a favor dos moradores na próxima semana. O dotô Murilo diz que o dono da terra, Baron Imóveis, alega que o povo começou a erguer os barracos há pouco tempo, mas ele discorda. “Têm famílias que moram ali há mais de 15 anos, existem talões de luz de 1995”, carca.
Dono reclama de crime ambiental 
O dono da Baron Imóveis, Arno Baron, diz que o povo cometeu crime ambiental ao derrubar árvores nativas e construir na margem do ribeirão da Vovó, um braço do rio Perequê. Arno não vê a hora do pessoal sair de lá pra lotear e vender tudim. Ele diz que é dono de uma área há mais de 30 anos, que mede 250 mil m².
O prefeito Evaldo Guerreiro negou, através da assessoria, que tenha vi­sitado os moradores daquele terreno durante a campanha. Ele teria ido a outro terreno na rua David Cota, que fica em uma área pública, próxima à área do perrengue. Estas famílias tam­bém ocuparam uma área no passado e agora a prefa estuda uma maneira de regularizar a situação.
A juíza Viviana não trabalha mais na comarca de Porto Belo. A titu­tar da 1ª vara, Maria Augusta Tri­dapalli, preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
Fonte: Diarinho
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